Chega a morte
Vai-se alguém
E um corpo exanimado
Deixa em desânimo
Corpos cujo espírito
Em frio exame
Diz "amém!"
Vai-se alguém
E um corpo exanimado
Deixa em desânimo
Corpos cujo espírito
Em frio exame
Diz "amém!"
Assim cessa a dor
De quem já não se aliviaria
Cessa-lhe o ar da vida
A luz, o som, o sabor...
Finda assim sua agonia da existência
E à porta aberta da ignorância
Que fique a áurea linda
Da divina instância
Que faz da alma essência:
O amor
Aos mortos vão as flores
E aos vivos, a lição da lide
Antes que a morte chegue
E em desânimo regue as dores
De quem à sorte ocupa a vida
Preocupado com a morte
Anima-nos!
Animai-vos vós animais!
Pois os corpos vão
E os amores animam os que ficam
E os espíritos sãos dizem "amem!"
E amém!
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