quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Que Faço

Amo o que faço!
E o que faço não o faço por fazê-lo
Talvez não faça com a mesma brevidade
Força ou destreza dos mais jovens
Mas com extremo prazer
Íntimo zelo e disposição
Para, se necessário, refazê-lo
Isto tenho certeza que faço.

O que faço
Nem mais nem melhor que ninguém
Digo que faço
Não faço para provar que sei
Mas de que serve o que sei se não repasso?
Se não for para fazê-lo bem
- Pela coletividade e para o bem –
Nem traço

Inquieto-me a cada dia
Ser melhor do que eu mesmo
Sigo passo a passo
Não me preocupo em ser “menor” do que ninguém
Apologia ao simplismo, imediatismo, conformismo
E tantos similares ismos
Eu desfaço
Contudo penso:
Cada um pode
E deve saber ser feliz
Não só pelo que intenta
Mas, sobretudo pelo que é
Com o que tem
E tenta

Todos tem o direito
De ser feliz como sabe ser
Desde que não abuse o espaço de outrem
Talvez não caiba mais que um num mesmo espaço
Entretanto, creio
Que a cada um está reservado
Conquistar o seu também
E vide-verso
Dou respeito
Ao que penso e ao que encalço
O que é ser feliz pra mim
Pode não ser pra mais alguém

Por onde passo deixo um pouco
E levo um pouco
Mesmo de quem não “tem”
Assim neste tear eu teço meu espaço
A vida é para um todo
Nada é totalmente nem permanentemente meu
Nem de ninguém.

Do que faço me preencho quando me esvazio
Não simplesmente faço porque já amo
Mas tão somente porque me extasio
No desafio de aprender amar fazer
O que de bom ainda não sei
Em Deus, isto me faz bem!
Sales de Oliveira
Natal, 01/12/2010.

Um comentário:

ahmina disse...

Que coisa lindaa,
adorei! =]