segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

CARTA ABERTA À OPOSIÇÃO UERN DIFERENTE

Caras/os Companheiras/os!

Perdoem-me pelo prolongamento do meu tempo neste grupo!

Tentei poupá-los de qualquer comentário que lhes obrigasse a me excluírem, pois eu pretendia apresentar-lhes um textículo (com X mesmo... rs) registrando as minhas razões para eu próprio me excluir, embora já as conheça quem participou da reunião na qual expus meus questionamentos.

Outras tarefas, no entanto, têm me feito adiar, até para não personificar, uma análise de alguns discursos neste grupo reveladores de como a linguagem revela o humano, principalmente na política.

Mas a angústia ética em continuar acessando as mensagens e estratégias deste grupo tendo que as ignorar sem as rebater, apesar da minha discordância, me impele a despedir-me sem o textículo que analisaria tais falas.

Credito, porém, à maturidade das/os companheiras/os a capacidade para entenderem que minhas críticas e observações jamais seriam pessoais. 

Se insisti em permanecer neste grupo foi na expectativa de evitarmos o mal maior: a oposição disputar entre si como se fosse uma convenção partidária para apresentar seus candidatos – à futura eleição UERN 2025 –, haja vista sabermos que a oposição dividida só tira voto dela mesma, e pelo fato de que os candidatos escolhidos no grupo anterior surgiram dentro das regras gestadas no grupo formado por nós, o qual já derivava do grupo originário que vem discutindo a oposição na UERN desde o século passado, como o #EmDefesaDaUERN, depois #UERNemLuta, #UERNemResistência, #SucessãoUERN, #EleiçõesUERN, #ColetivoOposiçãoUERN, #ColetivoRelus, #UERNdemocraciaeLuta e o mais recente, mas, provavelmente, não o último, #UmaUERNdiferente, dos quais, sucessivamente, o núcleo formador foi se excluindo e criando os subsequentes subgrupos e sempre convidando mais gente que “convida mais gente”, tal como um grupo de playboys que promove uma festa [da oposição] e, depois que os convivas apresentam novos convidados, o núcleo sai para fazer sua própria festa reservada em outro lugar deixando-os na festa vazia e convidando novos a participarem do novo encontro como se fosse uma nova festa por estarem em outro local. Por que tanto exclusivismo? Por que tanta discriminação? Queremos só a festa privada ou conquistar a praça pública?

Parece, no entanto, que da última vez esse núcleo se ressentiu porque os convivas, sedentos pela festa [da oposição], trouxeram novos convidados e todos resolveram assumi-la e “convidar mais gente”, cuja sede pela conquista da praça pública tem feito a festa continuar rolando. Por que temos que atrapalhar a festa alheia se nós já aprendemos que duas festas da mesma comunidade não atraem ninguém da praça a ser conquistada, tampouco retira dela algum conviva que não seja expulso; apenas divide a comunidade e mantém a praça em festa ocupada pelos mesmos donos do pedaço? Ao contrário, as duas festas na comunidade dão segurança e tranquilidade à festa na praça.

Se o outro grupo é filho gerado por nós, por que não aprendermos com a experiência, reconhecendo os nossos erros na sua criação e acolhendo-os como bons pais que devemos ser, em vez de renegá-los? Afinal, como pai e educador, aprendi que o comportamento das/os filhas/os é, a rigor, o boletim dos pais.

Graças a alguns comentários ainda em defesa da união dessa oposição ou unicidade de chapa, mesmo que votando em branco ou nulo, para evitarmos a responsabilidade sobre a repetição da derrota, ainda tenho a esperança de que esta mãe não se condene, dialeticamente, ao condenar o próprio filho que ela gerou!

Sem mais, para não alongar este textículo, agradeço a todas as pessoas pela participação me confiada, em nome de Neto Vale, que me convidou e me inseriu, e peço desculpas a todas por eu não ter me despedido antes. Até breve, pois isto não deve alterar nossa amizade!

E a luta continua!

Mossoró/RN, 09/12/2020.

(Prof. William Coelho-DFI/FAFIC)

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