quarta-feira, 11 de maio de 2011

Tempo?

Por que se deixar levar pelo tempo?
Aonde ele nos levará, senão à velhice?
E o que fazer ao chegar, se tudo já passou fatidicamente?


O tempo não tem nada a nos dar, exceto tempo.
E, como um deus, o que ele nos dá, também tira
Pois, se não o consumimos, perdemo-lo, consumidos, ironicamente.


Não se deixe levar pelo tempo!
Ele não tem nada a lhe dar
E o que restará, senão a cobrança por como o marcou com seu talento?

2 comentários:

Anônimo disse...

Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: khronos e kairos. Enquanto o primeiro refere-se ao tempo cronológico, que se mede, e que na mitologia grega em uma das suas representações aparece a de um homem que devora o seu próprio filho, visto que é impossível fugir ao tempo, e assim todos seriam mais cedo ou mais tarde devorados pelo tempo. O segundo é um momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece, a experiência do momento oportuno. Seria no kairos a possibilidade do homem de marcar seu talento e não se deixar ser devorado pelo khronos? Enfim, esses versos seus exprime essa luta “fatídica” do homem, parabéns!

Will Coelho disse...

Obrigado! Bela e oportuna observação!